#BONECA DE PANO
#BONECA DE PANO A toalha é a mesma Que eu contornei e criei minha boneca de pano Escolhi um rosto feliz e a forma de seu corpo Comecei a dar vida Dei o nome de Maria O Chanel dos seus cabelos não podia faltar Sorri com o seu nascimento Chorei com sua partida Imaginei você crescida Agora uma bailarina Que fez de sua arte seu ofício Com sua alegria contagiante Encantava a todos que assistia No palco do meu coração e na primeira fila Eu via sua apresentação Com o rosto molhado pelas lágrimas da emoção Que se misturava ao suor Assistindo aquele espetáculo A toalha é a mesma Agora ela forra a mesa Vazia de saudade Causada pela sua ausência A boneca eu fiz para divertir E não, para magoar ou ferir O som do piano traz a saudade para perto de mim Eu tenho que aceitar conviver com a dor que o peito invade Adorar e lembrar do tempo que eu sentia o gosto do se